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Em Crônicas

O carro-de-boi dos Leme do Prado

316 Visualizações 21 de julho de 2018 Comentários Blog Yepé

O carro-de-boi dos Leme do Prado
 
Keila Málaque


Das fotos do acervo familiar, essa é uma das mais apreciadas. Garimpada pelo primo João Prado (Zizo), foi tirada no sítio que pertenceu à família de João Leme do Prado, no Jaguaretê, em 1932.
O sobrenome Prado (do primo, do dono do sítio e da foto) foi um dos que se fez representar em 1918 no Sertão dos Patos, nas margens do Paranapanema, embora o próprio João Leme deva ter chegado na região mais para o final da década de 20. Ele era filho de Germano Bueno do Prado, irmão de meu bisavô Prudenciano, todos de Macatuba. Segundo sua neta Luiza, a família teria vivido no Jaguaretê pouco tempo; logo vendeu os doze alqueires dali para trocar por quatro em Macatuba, onde as condições eram mais favoráveis.

O carro-de-boi (que, no caso, tinha seis juntas) tem qualquer coisa de poderoso e acredito que João Leme sabia disso, por isso tirou a foto. Para a época e contexto sertanejo, talvez fosse algo comparável a um desses caminhões de hoje em dia. E, com o passar do tempo, ficou ainda mais poderoso, porque, deixando de existir, persistiu no imaginário de tanta gente saudosa da cantiga do carro (“o gemido do cocão”) ou da voz do carreiro chamando os bois pelo nome.

Meus conhecimentos sobre carros-de-boi ou sobre a foto são parcos, mas acredito que nenhum dos dois homens que estão ao lado do carro era João Leme do Prado. Penso que eram o candeeiro (o condutor da frente) e o carreiro (o condutor principal), que seguia atrás na tarefa de manter sob controle as juntas. E me saltou aos olhos o fato de que os dois eram tão magros.

Tenha em mente que o caipira era essencialmente magro, pois o estilo de vida que levava não favorecia o acúmulo de gordura. E a considerar nosso passado caipira, penso que já passou o tempo de resgatar sua imagem, que foi tão massacrada por Monteiro Lobato a ponto de virar sinônimo de atraso, indolência ou de doença. No futuro, ele ainda seria desqualificado pelo sotaque.

Os nossos caipiras do Ribeirão dos Patos, dos Três Coqueiros ou do Jaguaretê não eram ociosos,  sedentários, nunca sobrecarregariam o sistema de saúde com cirurgias bariátricas, sabiam treinar bois e manejar algo tão complexo como um carro-de-bois de seis juntas. Precisa mais?

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