Foi no ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, De mil novecentos e dezessete, em meados do mês de maio, Quando o inverno já começava a dar sinais, Que de Dourado de Campos Novos do Paranapanema, Partiu, em carros-de-boi, a primeira caravana de pioneiros, Rumo aos Sertão do Patos, nas proximidades dos Três Coqueiros.
Depois de alguns dias de viagem sofrida,
Em meio a matas, animais selvagens e pó da estrada,
Desembarcaram no Salto da Figueira,
Além de Tertuliano Machado Coutinho, marido da Brasilina,
e de Francisco Bertoldo Vieira, marido da Maria Branca,
José Augusto Galvão e seus cunhados,
Os irmãos João Rufino e José Lino Sant’Anna.
Veio também D. Joaquina Gonçalves, a mulher do Antonio Joaquim,
Com os filhos João Antonio e Anfrísio Rodrigues,
Este último, recém-casado, com a jovem Julia Coutinho.
Como observou, alguns anos mais tarde,
o Reverendo Elias José Tavares,
Estes precursores vieram para esta região
Devido à uberdade do solo
e fácil exploração do sertão.
Levantaram os primeiros ranchos, e enquanto
as mulheres cuidavam dos afazeres domésticos
os homens abriam as matas e iniciavam a plantação.
Embora a não muitos quilômetros daquele lugar,
Os avanços já começassem a brotar,
Com a construção da Estrada de Ferro Sorocabana,
Era, ainda, comum encontrar índios,
Navegando e pescando nas águas do Paranapanema.
Cem anos já se passaram, desta primeira expedição,
Da chegada das primeiras famílias, a este remoto Sertão.
São cem anos de histórias, um centenário de glórias,
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